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Produtores de milho e soja do Kentucky visitam fábrica e fazenda do Grupo Calpar

Atualizado: 7 de mar.

Norte-americanos buscam informações técnicas sobre cultivo agrícola no Brasil


Agricultores da Associação de Produtores de Milho do Kentucky (Corn Growers Association), procuram no Brasil informações técnicas sobre o cultivo de milho e soja. O grupo de 23 norte-americanos visitou o Grupo Calpar nesta terça-feira (05). Eles estiveram na fábrica da Granfinale Sistemas Agrícolas e a Fazenda Bugre, da Calpar Divisão Agrícola, na região de Castrolanda, em Castro (PR), em busca de conhecimento. Os estrangeiros devem percorrer ainda propriedades rurais de Rondonópolis, no Mato Grosso, durante esta semana.


produtores de milho do kentucky
"Eles querem conhecer um pouco sobre a agricultura no Brasil, as tecnologias que aqui estão. Querem comparar, saber como é a agricultura aqui, como são os sistemas de plantio e levar esse conhecimento para os Estados Unidos", descreve Bernardo Bergmann, responsável da Agência Agrobravo que guia os turistas na expedição pelo país.

Na Granfinale, os estrangeiros foram recebidos pelo diretor do Grupo Calpar Paulo Bertolini, que apresentou o cenário da produção agrícola de grãos no Brasil e destacou a importância e comprometimento dos agricultores na preservação ambiental.

"Visitantes trazem uma imagem errada de que os agricultores brasileiros estão destruindo a Amazônia para plantar soja e isso é uma grande mentira, uma grande falácia. Lá não tem gente, não tem energia elétrica, não tem infraestrutura, não tem estrada, não tem insumo. Então não faz sentido derrubar uma mata tão distante, que custa caro, numa terra que não é adequada à produção de soja para produzir uma commoditie que tem o preço ditado pela Bolsa de Chicago", enfatizou Bertolini.

O diretor mostrou ainda que 66% do território brasileiro permanece intacto desde antes da colonização portuguesa. "Dois terços do Brasil continuam como eram há 500 anos. A agricultura de grãos está avançando agora sobre as áreas de pastagens", reforça.


produtores do kentucky visitam grupo calpar

De acordo com Bertolini, do território brasileiro que está nas mãos de agricultores, metade é área de preservação ambiental. Ele detalha que são seis milhões de imóveis rurais brasileiros com 280 milhões de hectares de vegetação nativa, o equivalente à área de vários países da Europa.

"É impressionante porque os europeus vêm de dedo em riste dando lição de moral nos produtores brasileiros e, quando eles veem isso, ficam chocados. Porque esta é a realidade e não a narrativa contada na Europa por ambientalistas, ongs e alguns governantes distorcendo aquilo que de fato acontece no Brasil, completa.

Bertolini ressaltou ainda que o agricultor brasileiro preserva o meio ambiente sem receber nenhum centavo de pagamento ou incentivo por serviços ambientais. "Ele não tem subsídio para isso. Ele faz por uma responsabilidade legal e moral. Temos, inclusive, a legislação ambiental mais rigorosa do planeta", finaliza.


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O rigor da legislação ambiental do país foi justamente o ponto que mais chamou a atenção do agricultor norte-americano Joshua Lancaster, presidente da Associação do Kentucky, durante a visita.

"Vimos mais regulamentação governamental do que esperávamos. Há muito mais conservação de água, gerenciamento de nutrientes e proteção de áreas florestais do que imaginávamos. Os esforços de conservação, as práticas de não lavrar a terra, o plantio direto, são muito interessantes", pontua Lancaster.

O produtor de milho Adam Andrews esteve no Brasil há 20 anos e voltou agora acompanhando a comitiva. Para ele, houve muito progresso.

"Tanto inventimento em infraestrutra quanto na adoção de tecnologia e compreensão de práticas agronômicas. Foi simplesmente alucinante. Tem sido incrível", disse o agricultor norte-americano.

Os turistas também aproveitaram para conhecer um dos cartões-postais de Castro: o almoço foi no Moinho da Castrolanda, memorial da imigração holandesa na cidade. Ainda na colônia, os visitantes conheceram a fazenda referência em pecuária leiteira mecanizada ARM Genética.



Imagens: Emanoelle Wisnievski e Klé Gabriel


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